canção de Fábio Júnior
Por você, eu tenho feito e faço tudo o que puder
É o momento em que a leitura vai além do ponto...
Inajá Martins de Almeida
canção de Fábio Júnior
Por você, eu tenho feito e faço tudo o que puder
Navegando pela Solidão de Jessé
A música "Porto Solidão" interpretada por Jessé é uma
verdadeira viagem pelas águas da introspecção e da melancolia. A letra utiliza
metáforas:
·
Um veleiro para
representar a jornada da vida e os sentimentos do eu lírico.
·
O ato de
soprar o veleiro na palma da mão sugere um desejo de controle sobre o próprio
destino, uma tentativa de guiar a vida em direção ao coração, ou seja, aos
sentimentos mais verdadeiros e íntimos.
·
O coração é
comparado ao mar, um lugar profundo que guarda segredos, versos perdidos e
momentos que se foram com o tempo, como naufrágios que deixam vestígios no
fundo da alma.
·
A repetição das palavras 'rimas', 'ventos' e 'velas' evoca a ideia de que a vida é feita de
ciclos, de coisas que vêm e vão,
·
A solidão é o
elemento constante que permanece, impactando o eu lírico de forma avassaladora,
como as ondas que arremessam contra o cais. A solidão descrita na música é
quase tangível,
·
O cais
representa o ponto de encontro entre a imensidão dos sentimentos e a realidade
concreta.
A música de Jessé, com sua melodia suave e ao mesmo tempo carregada de
emoção, convida o ouvinte a refletir sobre a própria existência, as escolhas
feitas e o peso da solidão que, por vezes, acompanha cada um de nós em nossa
jornada pessoal.
fonte: https://www.letras.mus.br/jesse/46485/significado.html
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PORTO SOLIDÃO
Compositores: João Antonio
Ginco / José Ramos Santos
AO SOM DE UM VELEIRO
por Inajá Martins de Almeida
Quem dera controlar
O timão da
existência.
Sentimentos,
Desejos do
coração
Ao vento
soltar.
Segredos
ocultos
Que náufragos
velejam:
Quem dera
o mar
Pudera
acalmar
Poeta
fingidor
Versos sem
rumo,
Solidão da
rima
Se lança
ao vento.
Horas
fugazes,
Passageiras
e incertas,
Repousam ao
som de um veleiro
Que ruma
ao vento
Enquanto rastros
de sonhos
- Que se
perderam ao velejar -
Transformam
a existência
Na
calmaria
A qual somente o tempo
Pode
alcançar.
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As notas tocadas ao piano, o silêncio, a lembrança de horas incertas, consigo trazem a inspiração para pequenos versos, a navegarem em águas mansas e claras.
Nem sempre pudera o veleiro ancorar num cais de calmaria. Nem sempre o coração pudera repousar num mar de águas mansas.
Segredos, que guarda o coração, aos poucos vão se perdendo pelo caminho da existência enquanto a solidão de náufragos momentos, se transforma em onda tranquila que ruma ao sabor do vento que suave sopra ao som da melodia que segue.