Quando o autor coloca um ponto final no texto, uma nova história começa a ser contada.

É o momento em que a leitura vai além do ponto...

Inajá Martins de Almeida

terça-feira, 1 de julho de 2025

PORTO SOLIDÃO


Navegando pela Solidão de Jessé

A música "Porto Solidão" interpretada por Jessé é uma verdadeira viagem pelas águas da introspecção e da melancolia. A letra utiliza metáforas:

·         Um veleiro para representar a jornada da vida e os sentimentos do eu lírico.

·         O ato de soprar o veleiro na palma da mão sugere um desejo de controle sobre o próprio destino, uma tentativa de guiar a vida em direção ao coração, ou seja, aos sentimentos mais verdadeiros e íntimos.

·         O coração é comparado ao mar, um lugar profundo que guarda segredos, versos perdidos e momentos que se foram com o tempo, como naufrágios que deixam vestígios no fundo da alma.

·         A repetição das palavras 'rimas', 'ventos' e 'velas' evoca a ideia de que a vida é feita de ciclos, de coisas que vêm e vão,

·         A solidão é o elemento constante que permanece, impactando o eu lírico de forma avassaladora, como as ondas que arremessam contra o cais. A solidão descrita na música é quase tangível,

·         O cais representa o ponto de encontro entre a imensidão dos sentimentos e a realidade concreta.

A música de Jessé, com sua melodia suave e ao mesmo tempo carregada de emoção, convida o ouvinte a refletir sobre a própria existência, as escolhas feitas e o peso da solidão que, por vezes, acompanha cada um de nós em nossa jornada pessoal.

fonte: https://www.letras.mus.br/jesse/46485/significado.html


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PORTO SOLIDÃO

Compositores: João Antonio Ginco / José Ramos Santos

 

Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração

Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo

Rimas de ventos e velas
Vida que vem e que vai      
A solidão que fica e entra
Me arremessando contra o cais


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AO SOM DE UM VELEIRO

 por Inajá Martins de Almeida


Quem dera controlar

O timão da existência.


Sentimentos,

Desejos do coração

Ao vento soltar.

 

Segredos ocultos

Que náufragos velejam:

Quem dera o mar

Pudera acalmar

 

Poeta fingidor

Versos sem rumo,

Solidão da rima

Se lança ao vento.


Horas fugazes,

Passageiras e incertas,

Repousam ao som de um veleiro

Que ruma ao vento

Enquanto rastros de sonhos

- Que se perderam ao velejar -

Transformam a existência

Na calmaria

 A qual somente o tempo

Pode alcançar.

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As notas tocadas ao piano, o silêncio, a lembrança de horas incertas, consigo trazem a inspiração para pequenos versos, a navegarem em águas mansas e claras.

Nem sempre pudera o veleiro ancorar num cais de calmaria. Nem sempre o coração pudera repousar num mar de águas mansas.

Segredos, que guarda o coração, aos poucos vão se perdendo pelo caminho da existência enquanto a solidão de náufragos momentos, se transforma em onda tranquila que ruma ao sabor do vento que suave sopra ao som da melodia que segue. 


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